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05/11/2023Edge computing é também conhecido com a próxima etapa da internet das coisas. Ele tem a ver com os dispositivos “reais” que estão conectados à internet e com o avanço necessário para que processamentos de dados e análises cada vez mais complexas sejam realizados próximos a eles.
A internet das coisas, conhecida também pela sua sigla em inglês IoT, está em franco crescimento. O uso de dispositivos como smartphones, eletrodomésticos com acesso à internet, sensores, câmeras e drones, entre outros, trouxe a necessidade de processar dados mais rapidamente. O edge computing foi uma das formas encontradas de conseguir tecnologias mais rápidas.
O edge computing otimiza o uso dos dispositivos eletrônicos que podem ser conectados à internet, uma vez que procura aproximar a computação da fonte dos dados coletados. Assim, o processamento ocorre o mais próximo possível do local do usuário ou da fonte de dados.
Uma das suas vantagens está em minimizar a necessidade de repassar dados por longas distâncias entre o dispositivo e o servidor, reduzindo a latência e exigindo menor largura de banda de internet.
E com tempos de resposta cada vez menores, melhor para as empresas que estão investindo nessa nova forma de tecnologia. Descubra neste artigo o que é a tendência do edge computing e qual a sua relevância para as empresas.
O que é edge computing?
O edge computing é uma tecnologia que está relacionada à internet das coisas e se baseia em uma rede de micro data centers que processam e armazenam os dados requisitados de forma local. Apesar de o conceito parecer algo um pouco complicado e de difícil aplicação, os benefícios do edge computing são mais simples de entender.
Na internet das coisas, o recolhimento de dados é feito por meio dos dispositivos, que reúnem o que foi coletado — a quantidade deles depende do equipamento — e então os dados armazenados são enviados a um centro, ou cloud, de processamento.
Em vez de levar tudo para esses centros ou para a nuvem, o edge computing “classifica” esses dados de forma local e separa aqueles que podem ser processados ali mesmo, diminuindo então o tráfego de dados e a necessidade de enviá-los.
Os dados são processados nos extremos de uma rede e apenas uma parte é enviado aos diretórios centrais, por isso o nome edge computing, ou computação de borda em tradução livre.
Quando usar edge computing?
A transformação digital proporcionou inúmeros benefícios para as empresas que aderem a ela, uma vez que elas aproveitam a tecnologia para aumentar o desempenho e, como consequência, ter resultados melhores.
O edge computing pode ser aproveitado principalmente em locais onde a chamada latência, que é o tempo necessário para que um dado seja captado e processado em uma rede, precisa ser o menor possível.
Isso acontece porque o edge computing agiliza o processamento de dados recolhidos na rede de IoT, fazendo com que sejam processados perto de onde foram colhidos, em vez de precisarem passar por um local central, como em plataformas de cloud computing.
Ao contrário do que alguns especialistas imaginavam, o edge computing não veio para acabar com o cloud computing ou substituí-lo, mas para atuar em conjunto com ele e trazer ainda mais benefícios para as empresas.
Para facilitar, listamos abaixo os fatores que devem ser considerados na hora de tomar uma decisão sobre usar o edge computing:
- largura de banda de internet;
- energia;
- tamanho da infraestrutura;
- capacidade de processamento;
- tipo de serviço da sua empresa;
- custo de implantação.
É preciso avaliar esses pontos para tomar uma decisão, levando em conta também a rede já existente e a facilidade de encontrar profissionais especializados para a manutenção, entre outros requisitos que a empresa já atenda, para avaliar se os benefícios da edge computing podem ser aplicados ao negócio.
Quais áreas podem se beneficiar do edge computing?
A diminuição da latência, que gera maior rapidez no processamento, pode ser usada para facilitar a produção em diversos setores, principalmente em indústrias, como o setor têxtil e petrolífero.
A área da saúde, por lidar com vidas humanas, também pode se beneficiar do edge computing, além de outros setores como o financeiro, telecomunicações e a indústria fabril no geral.
O marketing e as vendas também podem usufruir do edge computing. O marketing digital e a automação de marketing para e-commerce, por exemplo, podem se beneficiar de redes com essa tecnologia para processar pagamentos e informações mais rapidamente do que se usassem exclusivamente tecnologia em nuvem.
Esses dados podem ser armazenados e enviados posteriormente às centrais, a fim de gerarem relatórios dos dados em longo prazo, sendo que os processos já foram executados na borda. Dessa forma, edge computing e cloud computing trabalham em conjunto para melhorar a segurança e o processamento de informações.
Empresas que precisam de alta segurança nos dados também podem se beneficiar do edge computing, uma vez que pode haver falhas na segurança quando dados são processados exclusivamente em centrais ou em plataformas de cloud computing.
Entretanto, há especialistas que discordam e acreditam que redes de edge computing podem ser mais vulneráveis. Vamos abordar melhor essa discussão nos próximos tópicos.
Todas as empresas que precisam de dados processados rapidamente, com segurança e alta performance podem se beneficiar da tecnologia do edge computing, caso tenham dispositivos que usem a internet das coisas.
Quais são os benefícios do edge computing?
Empresas que são afetadas com a má conectividade dos seus dispositivos podem se beneficiar da computação de borda, já que haverá menor necessidade de enviar informações por longas distâncias.
Outra vantagem do edge computing é a diminuição de custos para a transmissão dos dados, pois a infraestrutura para pontos centralizados são maiores e mais caros. Mas o custo menor de infraestrutura de edge computing não ocorre só na rede.
Como também possibilita maior integração entre os equipamentos, por conseguir integrar dispositivos de diferentes gerações em uma mesma rede, a computação de borda favorece a diminuição dos custos na implementação, pois os equipamentos podem ser substituídos pontualmente, em vez de completamente.
Além disso, não podemos deixar de citar a rapidez na resposta para os dispositivos da IoT. Por maiores que sejam as plataformas de cloud computing e os centros de processamentos de dados centrais, eles recebem alto tráfego o tempo todo, o que pode gerar latência e, por consequência, tempo de inatividade dos dispositivos, que precisam aguardar o processamento dos dados enviados para continuar operando.
Como funciona o edge computing?
No edge computing, os dados ainda são levados para a nuvem. Entretanto, entre o dispositivo que envia informações e a plataforma central existe um dispositivo intermediário responsável por processar as informações, chamado de gateway.
Essa máquina fica mais próxima do dispositivo que originou as informações, ou seja, do extremo da rede. O edge computing faz parte de um ramo da tecnologia chamado “fog computing”, que tem uma organização específica para tratar do assunto, chamada OpenFog Consortium.
Essa organização inclui universidades como a Princeton, além de empresas conhecidas do setor, como Intel, Cisco e Dell. Recentemente a Open Fog Consortium aderiu ao Industrial Internet Consortium.
O fog computing pesquisa e trabalha em conexões entre as nuvens e os dispositivos de extremo em uma rede. Assim, contempla não só o edge computing mas toda a rede que envolve esse sistema.
O que fazer para implementar o edge computing?
O edge computing pode ser usado em câmeras de segurança, que podem processar informações e usar inteligência artificial para armazenar apenas dados importantes.
Carros que dirigem sozinhos também usam a computação de borda para processar suas informações e, assim, completar viagens de forma totalmente autônoma.
Além disso, na IoT, o edge computing pode ser usado por dispositivos que tenham essa tecnologia para detectar objetos, identificar obstáculos, fazer reconhecimentos de rostos e processar informações relativamente complexas, como a linguagem.
Isso facilita desde o escaneamento e reconhecimento facial em smartphones até o surgimento de geladeiras que fazem pedidos de compras de produtos que acabaram.
Alguns passos precisam ser implementados para que a transição do sistema seja realizada com sucesso. O primeiro deles é construir uma cultura no TI que facilite o edge computing. Depois, é preciso criar microcentros de dados e encontrar parceiros de qualidade que ajudem também na construção dessa nova cultura.
Também é preciso eliminar o uso excessivo do cloud computing e desenvolver a segurança necessária para evitar possíveis ataques.
É importante lembrar que especialistas ainda não chegaram a um consenso sobre a real segurança do edge computing. Alguns acreditam haver menor vulnerabilidade no sistema quando dados não são transportados por longas distâncias, o que significa uma menor probabilidade de ataques.
Outros acreditam que os gateways, por se tratarem de dispositivos terminais, são menos seguros. Explicam também que o edge computing, por contar com redes com menor infraestrutura e menor custo, inerentemente têm menor segurança.
Existem tecnologias de proteção para edge computing, como o uso de VPN, que devem ser implementados para garantir a segurança do sistema.
É preciso que o setor de TI das empresas avalie a possibilidade de implementar o edge computing, passando pelos impactos que a mudança na infraestrutura causaria e os benefícios da implementação, a fim de tomar uma decisão acertada sobre o assunto.
A necessidade de segurança e manutenção, entre outros requisitos, são outros fatores que devem ser avaliados. De qualquer maneira, tomar uma decisão rápida não é aconselhável.
Fonte: rockcontent.com